Furacões ... consequências do Homem

Não é em qualquer altura e quando se quer que se vislumbram furacões. Eles andam hoje por aí. O "Gordon" numa bolina de 170Km/h e com vagalhões de 12m, vai lançar-se sobre os Açores. Oxalá os efeitos colaterais não sejam demasiado nefastos. Razão para se dizer que as ilhas têm bons lombos, mas seus habitantes são peninhas perante tamanho furor.
Já o mesmo não se poderá concluir das recentes ventanias que sopraram do Vaticano e se transformaram num verdadeiro furacão, sem quilometragem de movimentação, mas com inavaliável altura das vagas. Mais uma vez a malandragem fundamentalista interpretou à sua maneira e descontextualizou as palavras proferidas pelo Papa BentoXVI... apenas vêem maldade onde lhes convém e provam mais uma vez não saber interpretar a verdade do seu santo livro, o Corão. Interpretar é mesmo a palavra certa como todos sabemos, e não me parece que os ocidentais tenham feito uma guerra devido a más interpretações da Bíblia pelos islamitas. Isto, em parte mostra o que é o fanatismo e fundamentalismo religioso, e vem mais uma vez provar que jamais se misture política com religião. Todavia é neste ponto que reside grande parte do problema dos políticos... misturam Deus e deuses com a temporalidade humana.
Todos sabemos que nenhum evangelho bíblico, ou livros do Antigo Testamento incitam os homens à violência, todavia os homens são violentos, praticaram e praticam a violência mesmo em nome de Deus. Mas porquê? Porventura pensarão que o "seu" é que é o verdadeiro Deus e o dos outros uma fraude? Enganos... nisto de divindades já meu pai, um quase-ateu, me dizia que era uma questão de crenças e medo do além-morte, do que se passa para lá da vida terrena. Cada um come do que gosta e /ou lhe ensinaram a "gostar" e respeitar. Foi o medo, o verdadeiro medo que criou a caterva de profetas e divindades que pululam Universo fora. Deus é apenas uma energia impalpável que rege a Harmonia Universal, e tudo aquilo que por Deus se quer fazer passar, não passará de mera fraude... a respeitar, todavia, por todo o ser racional e pacífico.
Mas pacifismos não há... apenas sede de poder e consequentes litígios pela posse desse poder. Consequências? A verdadeira autodestruição do Homem pelo Homem, desde a rivalidade directa à destruição da Natureza que se degrada e na sua destruição nos vai também destruindo. Só não vê quem não quer!

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