Acabou o Mundial... mas a política mexe

Embora sem o boneco dourado que voou para as flores do Lácio, não deveremos esquecer que mais dois países latinos, para além da isolada e antiga Germânia, se posicionaram em lugares cimeiros. Não obtivemos medalhas nem lugar na "torre de marfim" mas fomos dos mais felizes, sim, mais felizes, pois artistas todos foram. Todavia floresceu e cresceu o nosso orgulho nacional, malgrado tamanha pequenez territorial. Afinal até somos um povo disseminado mundo fora e assim sendo a nossa pequenez fica disfarçada com tamanha diluição, neste planeta cada vez mais globalizado.

Basta de bola... mas bolas!, então os nossos artistas não teriam direito à tal isençãozita, permita-se o diminutivo, nos cinquenta mil euros de prémio?!... Disse bem, PRÉMIO, apesar de tudo cheirar a gratuitidade e até gratidão dum povo, bom pagador, que na sua generalidade jamais ganhará esse valor em quatro anos, enquanto alguns desses artistas daqui a outros quatro anos poderão repetir ou ultrapassar essa quantia.
Acho muito bem que não fiquem isentos do IRS desse chorudo prémio, porque eu, como médico na minha arte de salvação, ressuscitação e cura de muitos doentes nunca recebi, nem ninguém recebeu noutras lides mais ou menos artísticas, e causas humanitárias, sem fins de lazer e/ou espectáculo.
Gosto muito da bola, admiro a arte futebolística dos bons e exímios artistas, mas por amor de Deus, se assim podemos falar, que mais faz um jogador pela sua Pátria que um simples mas bom profissional doutras artes, quiçá mais cansativas e desgastantes? Não enaltecerão, também eles, a sua PÁTRIA, mundo fora, e já não falo por mim nem pelos meus pares que num ápice temos que salvar uma vida numa emergência. Mas todos, repito TODOS os bons operários deste pequeno e miserável país, com défice crescente e economia delapidada, seriam dignos de prémios chorudos que jamais receberão. O país não se poderá dar ao luxo de apenas proteger os grandes e os “bons ganhantes” de dinheiro, sejam eles quem forem. Creio bem que os jogadores da selecção e todos os seus admiradores saberão compreender este facto e até se tornarão mais heróis e patriotas se contribuírem para os cofres do país onde cada vez é mais difícil sobreviver.

Não queria, nesta altura, deixar de aludir aos senhores da guerra que recomeçaram as diatribes e institucionalizaram a violência no já tão penalizado Médio-Oriente. O excessivo orgulho sionista jamais conseguirá pacificar uma vasta zona que se encontra envolta numa trama de religiosidade islâmica fundamentalista. Sem preconceitos bilaterais, uns abusam do excessivo potencial bélico, não olhando a meios nem respeitando os já tão sacrificados e miseráveis habitantes daquela vasta área, e outros teimam em fazer a imposição da sua doentia e deturpada religiosidade, como se deuses houvesse que proclamassem a destruição do Homem. A loucura impera no solo outrora pisado por profetas de ambos, mas a que nenhum deles concede ouvidos nem presta a devida veneração. É a loucura institucionalizada, e já nem Israel ou os Estados Unidos respeitam qualquer proposta da ONU, quanto mais os terroristas islâmicos que vêem naqueles um exemplo de desobediência internacional. Não antevejo, nesta fase de recrudescimento da violência, um final feliz e capaz de permitir convivência entre aqueles povos, pois as acendalhas foram ateadas com a invasão do Iraque e serão perpetuadas por ódios milenares que tresandam a “
Cruzadas” e “Jihad Islâmica”.

Comentários

Anónimo disse…
(em primeiro lugar deixa-me dizer que é pena não teres este espaço de comentários aberto a todos os bloggers) ..quanto ao post ...os politicos fizerma de tudo para que o futebol fizesse esquecer que os politicos existem e quanta merda fazem ... um exemplo está no tratamento priveligiado que deram ao futebol (quando a classificassão alcançada não foi nada do outro mundo)...quando dias mais tarde Portugal obteve um primeiro lugar em Râguebi Seven num campeonato europeu ou quando Portugal obteve um terceiro lugar no Campeonato Europeu de Hoquei (só com uma derrota)...não hove nenhuma menção ao facto

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