O "Sr Silva" na Shrecklândia


A chegada do "Sr Silva" ao jardim da Madeira, não foi acompanhado das regas habituais porque a pouca humidade não favoreceu a molha. A secura do jardim já vinha de longas secas, eivadas de um odor etilizado, rasando a quinta essência daquelas deletérias misturas insulares. O imperador do quintal, andava indisposto, arrotando asneiras e impropérios, de latrina em latrina, devido à ingestão de tanto poder e vaidade, dejectando, de quando em vez, o excesso dos seus desvios e atropelos.

O "Sr Silva" limitou-se a comemorar os cinco séculos de fruticultura naquele recanto jardinado, impávido no seu papel de alheamento aos bichos do quintal e até aos da madeira, apesar de alguns destes serem autênticos bichos-carpinteiros. Só que muitas vezes "malham" nos seus próprios costados e as dores vêm mais tarde.

O resto da bicharada até adorou o visitante, mas "noblesse oblige" a manter um certo distanciamento, não vá o imperador arrotar mais que o habitual e a latrina transbordar de nauseabundo fedor.

Recentemente, num autêntico velório à distância de três anos, apontaram um sucessor do Shreckiano imperador, mas não chamaram os bois pelo nome, tudo ficando em fatias de desilusão... mas adoraram o estilo e a orgia de poder.
Apesar de estiloso, o imperador tem sido agraciado, pelas suas desgraças e graças de saltimbanco, desde os catedráticos deputados aos mais despudorados e desavergonhados seguidistas. Mas, atenção, não necessita de seguranças, pois o povo, habituado a ser zurzido, não mexe um palito contra a náusea.
Vamos caminhando e vendo como a loucura se vai sedimentando, sem que a ínsula se afunde de tanto alarde e vergonha... mas sempre ajardinada até à medula, àvida de rápido e eficiente transplante. Claro que para tal medular transplante seria necessário, de acordo com o "Sr Silva", recorrer aos dinheiros do Totta.

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