Após um discreto interregno para férias acabei por voltar às minhas habituais e espaçadas "blogadas", já refeito dum certo cansaço profissional.

Ninguém ficou indiferente ao desaparecimento esperado dum Homem, cidadão do Mundo, de nome Karol Wojtyla, nado na Polónia mas abrangente do terráqueo Universo.
Deixou-nos uma bela imagem de sorrisos esparsos em cada olhar, de gestos amigos em cada aceno, de serenidade luminosa em cada palavra solta.
Amigo de todos e mobilizador da juventude, que tanto acalentou, foi um digno representante de Deus, interlocutor e apaziguador de deuses menores com quem não procurou o confronto, mas antes pediu perdão de ancestrais actos ignominiosos e praticados em nome do Deus, que serviu na plenitude das suas forças.
Condenou as ambições dos políticos que alimentam a guerra, mesmo sabendo que estes se iriam agora genuflectir perante a sua despedida e viagem final.
Com glória e martírio deixou a sua marca mundo fora, sem olhar aos credos ou às cores políticas.
No seu indiscutível mediatismo, deixou-nos após alguma modernização da Igreja, mas sem conseguir, mesmo assim, resolver alguns dogmas de fé, sem demolir o pecado de tabus como a eutanásia e o aborto. Os tempos hodiernos exigiam uma reavaliação dos problemas que afectam os valores das novas sociedades, sem vertigens, mas sem pruridos de ordem ética e moral.
Vamos ver o que nos reserva o novo Papa que vai sair da nublosa fumaça, esperando que nos traga uma nova Luz de Esperança, para que a Igreja, em consonância com outros credos, nos faça acreditar nas energias divinas para resolução dos problemas mais candentes deste nosso conturbado planeta.

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