A vã cobiça de mandar...até quando?

A cadeira do poder é, na realidade, um local de sedimentação para muitos políticos que após fruição e habituação a tantas e tão saborosas mordomias, jamais querem despegar...é que , ter poder e capacidades de manobra na máquina administrativa e noutras de grande importância, não é apenas prestígio, mas direi que mais parece arte de prestidigitação de gentes e dinheiros.
Sabemos, é velho e soa por todas as esquinas, que o poder leva à corrupção. Ninguém terá dúvidas dessa realidade, no entanto o poder também domina quem se lhe opõe, logo extermina qualquer hipótese de contrariação, a menos que lhe escape ao conhecimento e próprio poder. Temos conhecimento de poderes que se prolongaram no tempo até à queda dos seus detentores, que muitas vezes só com a morte dos mesmos, ou com revoltas dos mais poderosos, seus afins e conhecedores das suas debilidades. Outros poderes prolongaram-se nos tentáculos familiares, quais monarquias de direito próprio, hoje em desaparecimento global, a menos que tenham prática democrática e imagem simpática e popular, como algumas que se vão mantendo mundo fora. As que assim não forem, cairão de putrefactas e o povo, mesmo com sangue derramado, depô-las-á se a tanto for obrigado.
Bem, mas este palavreado vem mais a propósito, pela recente atitude do Governo Sócrates, em colocar um limite nos mandadtos dos políticos. Bem haja, amigo Sócrates, pois será a forma de derrubar legalmente os coladinhos ao poder e corruptos como o quase inimputável João Jardim, que faz da Madeira o seu reinado absolutista e se ri, às gargalhadas, menosprezando o poder central de Lisboa. Também os vários presidentes de Câmaras que se apoderaram dos municípios e fizeram fortunas familiares inexplicáveis, mesmo ganhando os ordenados que tal não permitiriam. Não querem perder privilégios nem mordomias, e por muito que façam pelo município, terão que se compenetrar que não são insubstituíveis.
Mas, além da limitação dos mandatos, amigo Sócrates, é preciso, urgentemente, em nome da igualdade de direitos no trabalho, colocar um fim às chorudas subvenções e aposentações precoces de todos os "boys" da engrenagem política, bem como à duplicação do tempo de serviço, para contagem de aposentação. O sistema político em vigor para toda esta corja, concede-lhes benesses que nenhum funcionário da administração pública possui, mesmo tendo categorias e profissões de maior responsabilidade perante os cidadãos e o País. É UMA VERGONHA, esta desigualdade institucionalizada. Acabem com ela. SOMOS TODOS FILHOS DA PÁTRIA, e não da ...

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