Do conhecimento das coisas desconhecidas...ínvias legalidades

Imagine-se um médico que trabalha muitos anos num determinado hospital e que, por artes do inimaginável, se lembram de chamar para uma Direcção Regional de Saúde e pedir-lhe que defenda o bom nome e toda a actividade doutro hospital que se rege doutra forma e que difere do seu, além de ficar enquadrado noutra plataforma social, económica e geográfica. Por muita similaridade entre as duas instituições, entendo absurdo falar-se em nome e defesa do que se desconhece. O mesmo será aplicável noutras áreas, desde o ensino a actividades económicas, comerciais e outras.
Tomemos agora um Luís Filipe Meneses ou António José Seguro, que moram algures que não Braga, mas alguns esconsos iluminados se lembram de colocar como figuras de proa na representatividade parlamentar referente a este último distrito que desconhecem por dentro e ignoram por fora...e sabe-se lá que mais! No entanto serão eleitos como legítimos representantes das necessidades daquela cidade, distrito e seus habitantes! Será isto lógico e razoável? Fará algum sentido?
No entanto parece que é legal e muitos partidos lá vão colocando aquelas mascotes políticas personalizadas, mas ignorantes do meio e seus problemas...enfim, uma carnavalesca atitude partidária, em nome do sucesso do número de eleitos.
Mas será que, por terem nas suas fileiras o Dr. Luís Filipe Meneses ou o Dr. António José Seguro, esses partidos vão conseguir melhores resultados nesses círculos eleitorais? E se fossem outras personalidades, quiçá “menos ilustres” a nível nacional, mas mais conhecidas nesses círculos eleitorais, não seriam mais apelativas e positivas para o povo que representam, e não seriam até mais capazes? Que significado real e político terão aqueles dois nomes das máquinas partidárias para o povo profundo daquela cidade e arredores. Creio que pouco mais que zero, e o que os catapulta para a elegibilidade é, sem qualquer margem para dúvidas o nome do partido que os alberga. Gostaria de os ver, figuras pessoais, ao serviço de um qualquer partido minoritário...seriam relegados para o esquecimento e baú da pouca utilidade política, indiferentemente do seu indiscutível valor como homens e políticos.
E os rostos das primeiras figuras, em todos os círculos eleitorais, continuam a ser sempre os mesmos de governações anteriores, usurpadores de lugares eternos, à sombra dos seus partidos, como se não exista quem melhor represente o seu povo e a sua terra. Por esta razão a estagnação deste país é cada vez mais acentuada e evidente, mas só os implicados neste facto não o vêem com realismo. Apenas pretendem um falso prestígio, as mordomias e benesses que todos sabemos, pois ninguém, que se sinta lesado nos seus interesses, se vai manter em continuidade de funções...ou serão estupidamente masoquistas?

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